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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

A MINHA VIDA SEM TI


A MINHA VIDA SEM TI
Tive momentos amargos
Mesmo teu amor sendo tão doce...
Mas não posso dizer que fosse
Tudo flores, tudo alegrias
Deste-me zelos e carinhos teus,
Gosto e desgosto...
Mesmo assim, tenho saudades.
Saudades dos carinhos teus!
Temi essa paixão tão grande,
Tão forte e exclusiva,
Que me tornava cativa
Dos teus caprichos sem lei.
Perdida para teu beijo,
Perdeu minha boca, o sorriso.
Hoje apenas preciso
Não sorrir, porém chorar.
Como é triste lembrar
De nosso leito vazio.
Penso em ti e avalio
O que por gosto perdi.
Como são tristes as horas
Os dias que não te vejo,
O meu amor sem teu beijo,
A minha vida sem ti.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

A MULHER QUE PERDEU O SEU AMOR


A MULHER QUE PERDEU O SEU AMOR.

A mulher que perdeu seu amor é alguém de quem amputaram o ar e ela não morreu. Carrega a marca da amputação no ritmo da respiração e num certo modificar do olho. Fica pesado, mas manso e lento, nega-se a olhar o mundo, a rir, a ver cores. Ela é alguém cujo arco Iris ficou em preto-e-branco, cujo riso virou soluço e a recordação faz-se suspiro.

Ela é alguém com óculos de ver eclipse na alma. Estranho e lindo esse ar sofredor de que ficam tocadas todas as mulheres que perderam o seu amor. É marca que as acompanha como ruga ou expressão, pelo resto da vida. Marca irreversível, chaga, cicatriz, verruga espiritual... podem amar de novo, melhor até. Mas jamais deixará de doer uma pontinha daquele sentimento feito impossível e daquela esperança fermentada.

A mulher que perdeu o seu amor sofre mais do que a que (ainda) não pode viver o seu amor. Esta vive a dor do que não tem. Aquela , a dor de já não ter. Quem não tem e quem ainda não teve sofre menos do que quem já não tem.

O terrível é que a perda do amor é o preço inevitável e doloroso do pedágio pago para a estrada do conhecer-se. Ela é alguém que melhora depois, pois descobre, abre a cabeça, os músculos, os poros. Começa a entender a vida, a ficar mais livre, a punir-se menos e a saber que vale algo.

Passado o luto moral, a fase da fossa, a fossa da fase, o fechado pra balanço, o balanço vem. A ferro e fogo, à amargura e desvario, mas vem. E traz uma visão melhor de si mesma e de tudo o que é e representa. Instala-se um saudável egoísmo e muito mais altruísmo, paradoxalmente.

Ela é um paralítico que sai para a luta e nela se cura. Se o amor era a deliciosa cegueira, a perda dele ensina a ver no escuro, a ler nos solavancos do ônibus da vida, a aprender a lição das greves interiores, a entender que é preciso melhorar mesmo sabendo que nunca mais será igual.

Mistura de vitima e de alguém que ressurgiu, ela é alguém muito lindo, porque é um ser com a delicadeza de sentir, feito carne no açougue existencial, no qual pendura as suas verdades e ofertas: ali aquela angústia; no outro gancho, a lembrança daquela tarde; na vitrine aquele riso e a lembrança do momento em que se descobriu amando; no frigorífico aquela delicadeza interior não-entendida ou aquela falta de medo de sofrer; no gancho maior aquela capacidade de se entregar inteira.

Ela é linda não por sofrer, mas porque sofre por ter sabido ser feliz. É uma mergulhadora preocupada com a beleza e a entrega do salto sem a preocupação de saber se há água embaixo. A capacidade de amar o salto e o vôo torna-a merecedora de ternura e admiração. Enamorada, ela fica pássaro. Abandonada, ela vira gente melhor. Terrível disjuntiva!

Ah, se fosse possível dizer para cada mulher que perdeu o seu amor que mesmo sofrendo assim, valeu a pena! Que a dor vai passar e com cicatrizes ela será melhor e mais bonita amanhã, amará melhor o seu amor, a quem redescobrirá sem hipnose e a quem valorizará ainda mais porque capaz de o sentir e viver sem cobrar, exigir ou sofrer.

Ah se fosse possível nada lhe dizer e apenas oferecer o ombro para que no ninho dele se sinta protegida e segura, porque a mulher que perdeu o seu amor é a criança em busca dos pais, da casa. É a menina fugindo do bicho-papão que existe e assusta, mas que some e se dissolve se há proteção sincera. Por uma estranha disposição do carinho humano, a mulher que perdeu o seu amor é sempre chamada por diminutivo ou apelido carinhoso por quem a consola. Ela fica criança na ante-sala do amadurecer.

Ela é, por fim, alguém que descobre seu erro e delírio para crescer no acerto doloroso de se saber incompleta e imperfeita, por isso mais mulher.

Ela era melhor e saiu perdendo. Piorou. Mas ficou pior para sair ganhando, logo, melhorou graças à piora, nessa eterna dialética do ser no sentido da integração. Ela é o enigma encarnado.

A mulher que perdeu o seu amor traz, consigo, essa grande lição de vida: é capaz de contemplar o nunca mais, de frente e, ainda e uma vez, dizer-se, sonhando: pode ser.

E sempre pode. Tudo começa outra vez.

domingo, 15 de maio de 2011

INTERNACIONAL - 15.05.2011


Hino do Internacional
Glória do desporto nacional
Oh, Internacional
Que eu vivo a exaltar
Levas a plagas distantes
Feitos relevantes
Vives a brilhar
Correm os anos surge o amanhã
Radioso de luz, varonil
Segue a tua senda de vitórias
Colorado das glórias
Orgulho do Brasil
É teu passado alvi-rubro
Motivo de festas em nossos corações
O teu presente diz tudo
Trazendo à torcida alegres emoções
Colorado de ases celeiro
Teus astros cintilam num céu sempre azul
Vibra o Brasil inteiro
Com o clube do povo do Rio Grande do Sul

sexta-feira, 13 de maio de 2011


A LEI ÁUREA

A lei n.º 3.353 de 13 de maio de 1888, que não previa nenhuma forma de indenização aos fazendeiros, foi aprovada com 85 votos favoráveis e 9 votos contrários na Câmara Geral (Câmara dos Deputados), e um contrário no Senado do Império, foi à sanção da regente Dona Isabel, em 13 de maio. A única alteração do projeto de lei do governo, feita pela Câmara Geral, foi introduzir no texto a expressão "desde a data desta lei", para que a lei entrasse em vigor imediatamente, antes de ser publicada nas províncias, o que costumava levar um mês, no mínimo. Foram libertados, pela Lei Áurea, um total de escravos que não chegou a um milhão de pessoas, para uma população total de quinze milhões de brasileiros. Na primeira matrícula de escravos, concluída em 1872, inscreveu 1.600.000 escravos e a última matrícula de escravos, concluída em 30 de março de 1887, registrou apenas 720.000 escravos, um ano antes da Lei Áurea. A Lei Áurea, aos 13 de maio de 1888, pôs fim à exploração da mão-de-obra escrava no Brasil, embora, na prática, ainda hoje, possa ser constatado, no país, algumas formas contemporâneas de escravidão, de forma ilegal. A Lei do Ventre Livre e a Lei Áurea foram sancionadas por Dona Isabel, quando seu pai estava na Europa. Pela Lei Áurea, Dona Isabel foi premiada com a comenda Rosa de Ouro, pelo Papa Leão XIII– autor de encíclicas favoráveis à abolição da escravatura. João Maurício Wanderley, Barão de Cotegipe, o único senador do império que votou contra o projeto de abolição da escravatura, ao cumprimentar a princesa logo após esta ter assinado a Lei Áurea, profetizou: “A senhora acabou de redimir uma raça e perder o trono.” Durante muito tempo a Lei Áurea foi vista como um ato generoso de Dona Isabel que seguia os propósitos abolicionistas de seu pai o Imperador D.Pedro II e também vista como o resultado de uma longa campanha abolicionista, sendo bastante comemorada pela sociedade brasileira. Porém, alguns pesquisadores recentes da historiografia brasileira têm outro ponto de vista sobre a abolição da escravatura e sobre a Lei Áurea. Afirmam eles que a abolição teria sido fruto de um estado semi-insurrecional que ameaçava a ordem imperial e escravista. Tal interpretação acentua o caráter ativo, e não passivo, das populações escravizadas. Historiadores afirmam que as rebeliões de escravos que estavam se generalizando no País, na época da abolição, gerando quilombos por toda a parte, como foi dito acima,após a abolição da pena de açoite, e, também, por causa da cumplicidade do exército brasileiro e da polícia paulista que não iam mais fazer a recaptura dos escravos fugidos, tornaram, então, inviável, política e economicamente, a escravidão. Eles procuram, com esta tese, minimizar o papel que Dona Isabel, os clubes abolicionistas, a imprensa e a maçonaria brasileira tiveram na abolição da escravatura no Brasil. A idéia corrente de que somente ricos fazendeiros possuíam escravos e que a Lei Áurea atingiu e prejudicou somente as elites econômicas também tem sido questionada atualmente. Sabe-se que possuíam escravos não só os barões do açúcar e do café. Também os pequenos fazendeiros de Minas, os pequenos comerciantes e burocratas das cidades, os padres seculares e as ordens religiosas também tinham seus escravos. Mesmo os libertos, negros e mulatos (que haviam escapado da escravidão) também compravam seu próprio escravo se dispusessem de recursos. Há quem diga, que existem registros de escravos que possuíam escravos.

sábado, 7 de maio de 2011


A MISÉRIA
Chora uma criança.
Com a voz débil diz que está com frio.
A mãe olha e vê apenas o sombrio,
Cobre-a com seu corpo.
Geme uma criança
E diz à mãe que tem fome.
E ela, dos trapos arranca o seio
Colocando-o na boca ansiosa,
Aperta, espreme...
Árido e seco!
Ela, aterrada e muda, treme.
Vai-lhe morrer, nos próprios braços,
Morrer de fome, o filho querido...
E ela, arrastando para longe os passos,
O amado corpo deixará perdido.
Para os seus beijos, para os seus braços.
Ficam sós, ela e o filho agonizando,
Ele a morrer de fome, ela de medo.
Ouve o sopro forte do vento, de quando em quando,
Sacudindo os ramos e o folhedo.
Ergue-se, soluça e brada...
Apenas o eco lhe responde ao grito.
Fecha os olhos para não ver nada
Mas vê tudo com o coração aflito.
Vê tudo com a alma alucinada.
Ela, o filho aperta , estreitamente.
Beija-lhe os olhos úmidos, a boca...
Desvairada, em pranto, ébria e tremente
Arranca-o do seio, de repente.
Larga-o no chão e foge como louca.

domingo, 1 de maio de 2011

DIA DO TRABALHADOR


Dia do Trabalhador
Uma manifestação de trabalhadores realizou-se nas ruas de Chicago, nos Estados Unidos, no ano de 1886. Essa manifestação tinha como finalidade reivindicar a redução da jornada de trabalho para oito horas diárias e teve a participação de milhares de pessoas. Nesse dia teve início uma greve geral nos EUA. Um pequeno levantamento que acabou com uma escaramuça com a polícia e com a morte de alguns manifestantes, aconteceu no dia três de maio. Uma nova manifestação foi organizada como protesto pelos acontecimentos dos dias anteriores em 4 de maio, tendo terminado com o lançamento de uma bomba por desconhecidos para o meio dos policiais que começavam a dispersar os manifestantes, matando sete agentes. A polícia abriu então fogo sobre a multidão, matando doze pessoas e ferindo dezenas. Estes acontecimentos passaram a ser conhecidos como a Revolta de Haymarket. Três anos mais tarde, em 1889, a segunda Internacional Socialista reunida em Paris, decidiu proposta de Raymond Lavigne convocar anualmente uma manifestação com o objetivos de lutar pelos oito horas de trabalho diário. A data escolhida foi o 1º de Maio, como homenagem às lutas sindicais de Chicago. Em primeiro de maio de 1891, uma manifestação no norte da França é dispersada pela polícia resultando na morte de dez manifestantes. Esse novo drama serve para reforçar o dia como um dia de luta dos trabalhadores e meses depois a internacional Socialista de Bruxelas proclama esse dia como dia internacional de reivindicação de conduções laborais. Em 23 de abril de 1919, o senado francês ratifica o dia de oito horas e proclama o dia 1 de Maio desse ano dia feriado. Em 1920 a Rússia adota o 1º de Maio como feriado nacional, e este exemplo é seguido por muitos outros países. Apesar de até hoje os estadunidenses se negarem a reconhecer essa data como sendo o Dia do Trabalhador, em 1890 a luta dos trabalhadores estadunidenses conseguiu que o Congresso aprovasse que a jornada de trabalho fosse reduzida de 16 para 8 horas diárias.
No Brasil, certos tipos de agremiação dos trabalhadores fabris eram bastante comuns, até o início da Era Vargas (1930-1945), embora não constituísse um grupo político muito forte, dado a pouca industrialização do país. Esta movimentação operária tinha se caracterizado em um primeiro momento por possuir influências do anarquismo e mais tarde do comunismo, mas com a chegada de Getúlio Vargas ao poder, ela foi gradativamente dissolvida e os trabalhadores urbanos passaram a ser influenciados pelo que ficou conhecido como trabalhismo. Até então, o Dia do Trabalhador era considerado por aqueles movimentos anteriores (anarquistas e comunistas) como um momento de protesto e crítica às estruturas sócio-econômicas do país. A propaganda trabalhista de Vargas, sutilmente, transforma um dia destinado a celebrar o trabalhador no Dia do Trabalhador. Tal mudança, aparentemente superficial, alterou profundamente as atividades realizadas pelos trabalhadores a cada ano, neste dia. Até então marcado por piquetes e passeatas, o Dia do Trabalhador passou a ser comemorado com festas populares, desfiles e celebrações similares. Atualmente, esta característica foi assimilada até mesmo pelo movimento sindical: tradicionalmente a Força Sindical (uma organização que congrega sindicatos de diversas áreas, ligada a partidos como o PT) realiza grandes shows com nomes da música popular e sorteios de casa própria. Na maioria dos países industrializados, o 1º de maio é o Dia do Trabalho. Comemorada desde o final do século XIX, a data é uma homenagem aos oito líderes trabalhistas norte-americanos que morreram enforcados em Chicago (EUA), em 1886. Eles foram presos e julgados sumariamente por dirigirem manifestações que tiveram início justamente no dia 1º de maio daquele ano. No Brasil, a data é comemorada desde 1895 e virou feriado nacional em setembro de 1925, por um decreto do presidente Artur Bernardes. Aponta-se que o caráter massificador do Dia do Trabalhador, em nosso país, se expressa especialmente pelo costume que os governos tinham de anunciar neste dia o aumento anual do salário mínimo. Outro ponto muito importante atribuído ao dia do trabalhador foi a criação da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, em 01 de maio de 1943.
O Dia do Trabalhador é celebrado, neste domingo, no mundo todo. Mesmo com significativos avanços sociais na área, as lutas da atualidade envolvem temas como a redução da jornada de trabalho, o fim do fator previdenciário e maior valorização dos aposentados. Estas são as principais bandeiras das centrais sindicais no país.