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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

CORPO E VINHO



CORPO E VINHO

Uma garrafa de vinho

Duas taças de cristal por sobre a mesa

Na proximidade da lareira...

Mãos se afagando,

Olhos desejando

Lábios murmurando

Palavras de amor

Braços abraçando, procurando

Os corpos nus que

Se aquecem

Se amassam

E fenecem

Inebriados

Ao paladar

Do beijo, do vinho

O tinto seco, mesclado

Ao baton vermelho

Da boca, que beija

A outra, e dela mancha

De beijo e vinho

A outra, a boca beijada

No tapete claro

Da sala

Que acolhe, e

Aquece os corpos

E os vinhos

Que os embriaga

Que aquece

A libido dos amantes

Mais que a brasa

Da lareira

Que queima, e

Não aquece

Que leva

Ao linho branco

Da cama

À trama

Ao drama

De dois corpos nus

Em movimento

A cavalgar

Embevecidos

Perdidos

Em devaneios

Iara Franco/Lino

domingo, 7 de dezembro de 2008

MINHA PAZ RESIDE EM TI.

MINHA PAZ RESIDE EM TI



Meu coração estava há tanto adormecido,

Que pensei que ele jamais pudesse despertar.

Mas ao ouvir tua voz, ergui meus olhos tristes

E ao contemplar teu rosto, comecei a te amar

Como se algo existisse entre a pele e a carne,

O amor se infiltrou em mim, sem que eu pudesse sentir.

E desde então, minha paz reside em ti.

Já nem posso sonhar, pois não me é dado dormir.

Uma hora contigo é menos que um segundo...

Um dia longe de ti é mais que um ano imenso.

Puseste em minha vida um gosto de agonia.

E o desespero em tudo, em toda loucura em que penso.

Vives num mundo de luz e eu choro nas trevas...

Morres de tanto viver e eu de tanto amor.

Ah! Se eu pudesse abraçar ao menos tua sombra

E arrancar de vez, do peito este amargor.



Iara Franco


sábado, 6 de dezembro de 2008

AMOR



AMOR


Esta melancolia, este cismar profundo,


Este olhar distante, este clamor do mundo,


Que apenas eu escuto e o eco silencia


Este pesar que veio torturar minha alma,


Esta ausência de paz, esta ausência de calma,


Esta tortura atroz que me angustia.


Esta falta de luz onde levo os meus passos,

Esta fremência repentina da minha voz,

Este tédio, este desejo louco de afogar-me em pranto;

Esta inquietude, este cansaço, este canto

De caminhar dentro da noite, a sós...

Este pensar obstinado e louco

Que vai a minha vida pouco a pouco

Consumindo, numa cruel e imensurável dor....

Tu me trouxeste com o teu beijo ardente

Teus olhos de sonho, tua voz envolvente,

E tem um nome apenas: somente um nome: AMOR.


Iara Franco