Powered By Blogger

domingo, 15 de maio de 2011

INTERNACIONAL - 15.05.2011


Hino do Internacional
Glória do desporto nacional
Oh, Internacional
Que eu vivo a exaltar
Levas a plagas distantes
Feitos relevantes
Vives a brilhar
Correm os anos surge o amanhã
Radioso de luz, varonil
Segue a tua senda de vitórias
Colorado das glórias
Orgulho do Brasil
É teu passado alvi-rubro
Motivo de festas em nossos corações
O teu presente diz tudo
Trazendo à torcida alegres emoções
Colorado de ases celeiro
Teus astros cintilam num céu sempre azul
Vibra o Brasil inteiro
Com o clube do povo do Rio Grande do Sul

sexta-feira, 13 de maio de 2011


A LEI ÁUREA

A lei n.º 3.353 de 13 de maio de 1888, que não previa nenhuma forma de indenização aos fazendeiros, foi aprovada com 85 votos favoráveis e 9 votos contrários na Câmara Geral (Câmara dos Deputados), e um contrário no Senado do Império, foi à sanção da regente Dona Isabel, em 13 de maio. A única alteração do projeto de lei do governo, feita pela Câmara Geral, foi introduzir no texto a expressão "desde a data desta lei", para que a lei entrasse em vigor imediatamente, antes de ser publicada nas províncias, o que costumava levar um mês, no mínimo. Foram libertados, pela Lei Áurea, um total de escravos que não chegou a um milhão de pessoas, para uma população total de quinze milhões de brasileiros. Na primeira matrícula de escravos, concluída em 1872, inscreveu 1.600.000 escravos e a última matrícula de escravos, concluída em 30 de março de 1887, registrou apenas 720.000 escravos, um ano antes da Lei Áurea. A Lei Áurea, aos 13 de maio de 1888, pôs fim à exploração da mão-de-obra escrava no Brasil, embora, na prática, ainda hoje, possa ser constatado, no país, algumas formas contemporâneas de escravidão, de forma ilegal. A Lei do Ventre Livre e a Lei Áurea foram sancionadas por Dona Isabel, quando seu pai estava na Europa. Pela Lei Áurea, Dona Isabel foi premiada com a comenda Rosa de Ouro, pelo Papa Leão XIII– autor de encíclicas favoráveis à abolição da escravatura. João Maurício Wanderley, Barão de Cotegipe, o único senador do império que votou contra o projeto de abolição da escravatura, ao cumprimentar a princesa logo após esta ter assinado a Lei Áurea, profetizou: “A senhora acabou de redimir uma raça e perder o trono.” Durante muito tempo a Lei Áurea foi vista como um ato generoso de Dona Isabel que seguia os propósitos abolicionistas de seu pai o Imperador D.Pedro II e também vista como o resultado de uma longa campanha abolicionista, sendo bastante comemorada pela sociedade brasileira. Porém, alguns pesquisadores recentes da historiografia brasileira têm outro ponto de vista sobre a abolição da escravatura e sobre a Lei Áurea. Afirmam eles que a abolição teria sido fruto de um estado semi-insurrecional que ameaçava a ordem imperial e escravista. Tal interpretação acentua o caráter ativo, e não passivo, das populações escravizadas. Historiadores afirmam que as rebeliões de escravos que estavam se generalizando no País, na época da abolição, gerando quilombos por toda a parte, como foi dito acima,após a abolição da pena de açoite, e, também, por causa da cumplicidade do exército brasileiro e da polícia paulista que não iam mais fazer a recaptura dos escravos fugidos, tornaram, então, inviável, política e economicamente, a escravidão. Eles procuram, com esta tese, minimizar o papel que Dona Isabel, os clubes abolicionistas, a imprensa e a maçonaria brasileira tiveram na abolição da escravatura no Brasil. A idéia corrente de que somente ricos fazendeiros possuíam escravos e que a Lei Áurea atingiu e prejudicou somente as elites econômicas também tem sido questionada atualmente. Sabe-se que possuíam escravos não só os barões do açúcar e do café. Também os pequenos fazendeiros de Minas, os pequenos comerciantes e burocratas das cidades, os padres seculares e as ordens religiosas também tinham seus escravos. Mesmo os libertos, negros e mulatos (que haviam escapado da escravidão) também compravam seu próprio escravo se dispusessem de recursos. Há quem diga, que existem registros de escravos que possuíam escravos.

sábado, 7 de maio de 2011


A MISÉRIA
Chora uma criança.
Com a voz débil diz que está com frio.
A mãe olha e vê apenas o sombrio,
Cobre-a com seu corpo.
Geme uma criança
E diz à mãe que tem fome.
E ela, dos trapos arranca o seio
Colocando-o na boca ansiosa,
Aperta, espreme...
Árido e seco!
Ela, aterrada e muda, treme.
Vai-lhe morrer, nos próprios braços,
Morrer de fome, o filho querido...
E ela, arrastando para longe os passos,
O amado corpo deixará perdido.
Para os seus beijos, para os seus braços.
Ficam sós, ela e o filho agonizando,
Ele a morrer de fome, ela de medo.
Ouve o sopro forte do vento, de quando em quando,
Sacudindo os ramos e o folhedo.
Ergue-se, soluça e brada...
Apenas o eco lhe responde ao grito.
Fecha os olhos para não ver nada
Mas vê tudo com o coração aflito.
Vê tudo com a alma alucinada.
Ela, o filho aperta , estreitamente.
Beija-lhe os olhos úmidos, a boca...
Desvairada, em pranto, ébria e tremente
Arranca-o do seio, de repente.
Larga-o no chão e foge como louca.

domingo, 1 de maio de 2011

DIA DO TRABALHADOR


Dia do Trabalhador
Uma manifestação de trabalhadores realizou-se nas ruas de Chicago, nos Estados Unidos, no ano de 1886. Essa manifestação tinha como finalidade reivindicar a redução da jornada de trabalho para oito horas diárias e teve a participação de milhares de pessoas. Nesse dia teve início uma greve geral nos EUA. Um pequeno levantamento que acabou com uma escaramuça com a polícia e com a morte de alguns manifestantes, aconteceu no dia três de maio. Uma nova manifestação foi organizada como protesto pelos acontecimentos dos dias anteriores em 4 de maio, tendo terminado com o lançamento de uma bomba por desconhecidos para o meio dos policiais que começavam a dispersar os manifestantes, matando sete agentes. A polícia abriu então fogo sobre a multidão, matando doze pessoas e ferindo dezenas. Estes acontecimentos passaram a ser conhecidos como a Revolta de Haymarket. Três anos mais tarde, em 1889, a segunda Internacional Socialista reunida em Paris, decidiu proposta de Raymond Lavigne convocar anualmente uma manifestação com o objetivos de lutar pelos oito horas de trabalho diário. A data escolhida foi o 1º de Maio, como homenagem às lutas sindicais de Chicago. Em primeiro de maio de 1891, uma manifestação no norte da França é dispersada pela polícia resultando na morte de dez manifestantes. Esse novo drama serve para reforçar o dia como um dia de luta dos trabalhadores e meses depois a internacional Socialista de Bruxelas proclama esse dia como dia internacional de reivindicação de conduções laborais. Em 23 de abril de 1919, o senado francês ratifica o dia de oito horas e proclama o dia 1 de Maio desse ano dia feriado. Em 1920 a Rússia adota o 1º de Maio como feriado nacional, e este exemplo é seguido por muitos outros países. Apesar de até hoje os estadunidenses se negarem a reconhecer essa data como sendo o Dia do Trabalhador, em 1890 a luta dos trabalhadores estadunidenses conseguiu que o Congresso aprovasse que a jornada de trabalho fosse reduzida de 16 para 8 horas diárias.
No Brasil, certos tipos de agremiação dos trabalhadores fabris eram bastante comuns, até o início da Era Vargas (1930-1945), embora não constituísse um grupo político muito forte, dado a pouca industrialização do país. Esta movimentação operária tinha se caracterizado em um primeiro momento por possuir influências do anarquismo e mais tarde do comunismo, mas com a chegada de Getúlio Vargas ao poder, ela foi gradativamente dissolvida e os trabalhadores urbanos passaram a ser influenciados pelo que ficou conhecido como trabalhismo. Até então, o Dia do Trabalhador era considerado por aqueles movimentos anteriores (anarquistas e comunistas) como um momento de protesto e crítica às estruturas sócio-econômicas do país. A propaganda trabalhista de Vargas, sutilmente, transforma um dia destinado a celebrar o trabalhador no Dia do Trabalhador. Tal mudança, aparentemente superficial, alterou profundamente as atividades realizadas pelos trabalhadores a cada ano, neste dia. Até então marcado por piquetes e passeatas, o Dia do Trabalhador passou a ser comemorado com festas populares, desfiles e celebrações similares. Atualmente, esta característica foi assimilada até mesmo pelo movimento sindical: tradicionalmente a Força Sindical (uma organização que congrega sindicatos de diversas áreas, ligada a partidos como o PT) realiza grandes shows com nomes da música popular e sorteios de casa própria. Na maioria dos países industrializados, o 1º de maio é o Dia do Trabalho. Comemorada desde o final do século XIX, a data é uma homenagem aos oito líderes trabalhistas norte-americanos que morreram enforcados em Chicago (EUA), em 1886. Eles foram presos e julgados sumariamente por dirigirem manifestações que tiveram início justamente no dia 1º de maio daquele ano. No Brasil, a data é comemorada desde 1895 e virou feriado nacional em setembro de 1925, por um decreto do presidente Artur Bernardes. Aponta-se que o caráter massificador do Dia do Trabalhador, em nosso país, se expressa especialmente pelo costume que os governos tinham de anunciar neste dia o aumento anual do salário mínimo. Outro ponto muito importante atribuído ao dia do trabalhador foi a criação da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, em 01 de maio de 1943.
O Dia do Trabalhador é celebrado, neste domingo, no mundo todo. Mesmo com significativos avanços sociais na área, as lutas da atualidade envolvem temas como a redução da jornada de trabalho, o fim do fator previdenciário e maior valorização dos aposentados. Estas são as principais bandeiras das centrais sindicais no país.