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sábado, 1 de maio de 2010

O OPERÁRIO EM CONSTRUÇÃO


Vinicius de Moraes

E o Diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo todos os reinos do mundo. E disse-lhe o Diabo:
– Dar-te-ei todo este poder e a sua glória, porque a mim me foi entregue e dou-o a quem quero; portanto, se tu me adorares, tudo será teu.
E Jesus, respondendo, disse-lhe:
– Vai-te, Satanás; porque está escrito: adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele servirás.
Lucas, cap. V, vs. 5-8.
Era ele que erguia casas
Onde antes só havia chão.
Como um pássaro sem asas
Ele subia com as casas
Que lhe brotavam da mão.
Mas tudo desconhecia
De sua grande missão:
Não sabia, por exemplo
Que a casa de um homem é um templo
Um templo sem religião
Como tampouco sabia
Que a casa que ele fazia
Sendo a sua liberdade
Era a sua escravidão.
De fato, como podia
Um operário em construção
Compreender por que um tijolo
Valia mais do que um pão?
Tijolos ele empilhava
Com pá, cimento e esquadria
Quanto ao pão, ele o comia...
Mas fosse comer tijolo!
E assim o operário ia
Com suor e com cimento
Erguendo uma casa aqui
Adiante um apartamento
Além uma igreja, à frente
Um quartel e uma prisão:
Prisão de que sofreria
Não fosse, eventualmente
Um operário em construção.
Mas ele desconhecia
Esse fato extraordinário:
Que o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário.
De forma que, certo dia
À mesa, ao cortar o pão
O operário foi tomado
De uma súbita emoção
Ao constatar assombrado
Que tudo naquela mesa
– Garrafa, prato, facão –
Era ele quem os fazia
Ele, um humilde operário,
Um operário em construção.
Olhou em torno: gamela
Banco, enxerga, caldeirão
Vidro, parede, janela
Casa, cidade, nação!
Tudo, tudo o que existia
Era ele quem o fazia
Ele, um humilde operário
Um operário que sabia
Exercer a profissão.
Ah, homens de pensamento
Não sabereis nunca o quanto
Aquele humilde operário
Soube naquele momento!
Naquela casa vazia
Que ele mesmo levantara
Um mundo novo nascia
De que sequer suspeitava.
O operário emocionado
Olhou sua própria mão
Sua rude mão de operário
De operário em construção
E olhando bem para ela
Teve um segundo a impressão
De que não havia no mundo
Coisa que fosse mais bela.
Foi dentro da compreensão
Desse instante solitário
Que, tal sua construção
Cresceu também o operário.
Cresceu em alto e profundo
Em largo e no coração
E como tudo que cresce
Ele não cresceu em vão
Pois além do que sabia
– Exercer a profissão –
O operário adquiriu
Uma nova dimensão:
A dimensão da poesia.
E um fato novo se viu
Que a todos admirava:
O que o operário dizia
Outro operário escutava.
E foi assim que o operário
Do edifício em construção
Que sempre dizia sim
Começou a dizer não.
E aprendeu a notar coisas
A que não dava atenção:
Notou que sua marmita
Era o prato do patrão
Que sua cerveja preta
Era o uísque do patrão
Que seu macacão de zuarte
Era o terno do patrão
Que o casebre onde morava
Era a mansão do patrão
Que seus dois pés andarilhos
Eram as rodas do patrão
Que a dureza do seu dia
Era a noite do patrão
Que sua imensa fadiga
Era amiga do patrão.
E o operário disse: Não!
E o operário fez-se forte
Na sua resolução.
Como era de se esperar
As bocas da delação
Começaram a dizer coisas
Aos ouvidos do patrão.
Mas o patrão não queria
Nenhuma preocupação
– "Convençam-no" do contrário –
Disse ele sobre o operário
E ao dizer isso sorria.
Dia seguinte, o operário
Ao sair da construção
Viu-se súbito cercado
Dos homens da delação
E sofreu, por destinado
Sua primeira agressão.
Teve seu rosto cuspido
Teve seu braço quebrado
Mas quando foi perguntado
O operário disse: Não!
Em vão sofrera o operário
Sua primeira agressão
Muitas outras se seguiram
Muitas outras seguirão.
Porém, por imprescindível
Ao edifício em construção
Seu trabalho prosseguia
E todo o seu sofrimento
Misturava-se ao cimento
Da construção que crescia.
Sentindo que a violência
Não dobraria o operário
Um dia tentou o patrão
Dobrá-lo de modo vário.
De sorte que o foi levando
Ao alto da construção
E num momento de tempo
Mostrou-lhe toda a região
E apontando-a ao operário
Fez-lhe esta declaração:
– Dar-te-ei todo esse poder
E a sua satisfação
Porque a mim me foi entregue
E dou-o a quem bem quiser.
Dou-te tempo de lazer
Dou-te tempo de mulher.
Portanto, tudo o que vês
Será teu se me adorares
E, ainda mais, se abandonares
O que te faz dizer não.
Disse, e fitou o operário
Que olhava e que refletia
Mas o que via o operário
O patrão nunca veria.
O operário via as casas
E dentro das estruturas
Via coisas, objetos
Produtos, manufaturas.
Via tudo o que fazia
O lucro do seu patrão
E em cada coisa que via
Misteriosamente havia
A marca de sua mão.
E o operário disse: Não!
– Loucura! – gritou o patrão
Não vês o que te dou eu?
– Mentira! – disse o operário
Não podes dar-me o que é meu.
E um grande silêncio fez-se
Dentro do seu coração
Um silêncio de martírios
Um silêncio de prisão.
Um silêncio povoado
De pedidos de perdão
Um silêncio apavorado
Com o medo em solidão.
Um silêncio de torturas
E gritos de maldição
Um silêncio de fraturas
A se arrastarem no chão.
E o operário ouviu a voz
De todos os seus irmãos
Os seus irmãos que morreram
Por outros que viverão.
Uma esperança sincera
Cresceu no seu coração
E dentro da tarde mansa
Agigantou-se a razão
De um homem pobre e esquecido
Razão porém que fizera
Em operário construído
O operário em construção.

terça-feira, 20 de abril de 2010

SE DEZ VIDAS EU TIVESSE, DEZ VIDAS EU DARIA.






O Alferes Joaquim José da Silva Xavier, nasceu na Fazenda do Pombal, município de São João Del Rei, no ano de 1746, quando governava a Capitania de Minas Gerais, D. João V, de Portugal. O dia e o mês do seu nascimento ainda são incógnitas para os pesquisadores, pois só se tem conhecimento do seu registro de batismo, datado de 12 de novembro do mesmo ano. Filho do português Domingos da Silva dos Santos e da brasileira Antônia da Encarnação Xavier, teve seis irmãos, sendo três homens e três mulheres. Joaquim José, garoto calmo e pacato, tinha um grande interesse pela leitura, cursou apenas o primário, sendo instruído também pelo irmão, Domingos da Silva Xavier, que mais tarde viria a se tornar padre. Aos nove anos de idade fica órfão de mãe e, dois anos após, morre seu pai. Foi morar, então, com o seu padrinho, Sebastião Ferreira Dantas, um cirurgião licenciado. Com este, aprendeu o ofício de arrancar dentes, motivo pelo qual, mais tarde, recebeu o codinome "Tira-dentes". Ainda jovem, tentou a sorte com a mineração e trabalhou como tropeiro, vendendo todo o tipo de mercadoria pelas vilas mais povoadas. Em seguida, com o ingresso no Regimento de Cavalaria Paga, a Companhia dos Dragões de Vila Rica, como Alferes, continuou suas viagens pelos caminhos das Minas, possibilitando o seu contato com várias pessoas importantes e autoridades. Surge aí o interesse pelo Iluminismo, pelas idéias de Thomas Jefferson, que preparava a Independência dos Estados Unidos, e pelos filósofos da Revolução Francesa, que pregavam a Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Homem leal e destemido, juntou-se a um grupo que se formava de proprietários e estudiosos que voltavam de Montpellier, na França, e de Coimbra, em Portugal. Todos revoltados com a ferrenha "cobrança dos quintos", numa época em que a exploração aurífera já se tornava escassa em toda a região. O Alferes levava consigo a meta de que "se nós quiséssemos, poderíamos fazer deste país uma grande nação". A Conjuração Mineira teve adesão e liderança de várias pessoas importantes da sociedade mineira do século XVIII, que pretendiam promover a "derrama", com a qual se daria a vitória do Movimento. Porém, suas idéias não vingaram, em face da traição de Joaquim Silvério dos Reis. A memória do Alferes vem recebendo inúmeras reparações. Porém, 209 anos depois, vemos que a história eleva cada vez mais a figura do mito "Tiradentes", como réu confesso na liderança de um movimento pela liberdade, contra os desmandos da Coroa Portuguesa. Mas a Independência ainda não aconteceu.
Ele, foi morto por enforcamento e depois teve seu corpo esquartejado, salgado e espalhado pelas estradas de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. A casa em que morou foi derrubada e a terra salgada para torná-la infértil, para que nem uma planta nascesse naquele local. Motivo, traição. Essa foi à sentença. A rebelião de Vila Rica foi considerada um ato de lesa-majestade, contrária aos interesses da metrópole, e isso era um crime, uma traição, uma conspiração contra o governo da época. Mesmo depois da nossa independência, em 7 de setembro de 1822, o nome do alferes Joaquim José da Silva Xavier não aparece na historiografia oficial da época . Durante o império, Tiradentes tem o seu nome apagado da história do Brasil, foi banido como traidor. O seu “crime”, sonhar com um Brasil livre, independente e republicano, era a sua utopia, mas, para o governo da época, era uma traição. O dia 21 de abril passou a ser feriado nacional, homenagem a um homem que contrariou o regime e as autoridades da época, lutou por seus ideais, transformou-se em um herói nacional. Tiradentes é um herói nacional e não um traidor. A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro publicou, em 1992, no ano do bicentenário da morte de Tiradentes, a sentença que o condenou à morte, como também publicou o livro do deputado José Valente intitulado “A defesa, a sentença e o advogado de Tiradentes”. Segundo o Frei Raimundo Penaforte, o réu "corajoso e contrito, morreria cheio de prazer, pois não levava após si, tantos infelizes". O degredo na África para os outros era confortante; enquanto, para o Tiradentes, "... se dez vidas eu tivesse, dez vidas eu daria".

BRASÍLIA - A CAPITAL COM CINQUENTA ANOS.



Brasília é a Capital da República Federativa do Brasil, localizada no território do Distrito Federal. Inaugurada em 21 de abril de 1960, pelo então presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, sendo a terceira capital do Brasil. A partir desta data iniciou-se a transferência dos principais órgãos da administração federal para a nova capital com a mudança das sedes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário federais. As últimas projeções (IBGE 2004) indicam que a população total já esteja em cerca de 2,36 milhões de habitantes. Está situada na Região Centro-Oeste. O plano urbanístico da capital, conhecido como "Plano Piloto", foi feito pelo urbanista Lucio Costa, e muitas de suas construções foram projetadas pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer. Brasília é formada pela Asa Norte, Asa Sul, Setor Militar Urbano, Setor de Garagens e Oficinas, Setor de Indústrias Gráficas, Área de Camping, Eixo Monumental, Esplanada dos Ministérios, Setor de Embaixadas Sul e Norte, Vila Planalto, Granja do Torto, Vila Telebrasília, Setor de áreas Isoladas Norte e sedia os três poderes da República Federativa do Brasil: Executivo, Legislativo e Judiciário. Desde a primeira constituição republicana já constava um dispositivo que previa a mudança da Capital Federal do Rio de Janeiro para o interior do país. No ano de 1891, foi nomeada a Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil, liderada pelo astrônomo Luiz Cruls e integrada por médicos, geólogos e botânicos, que fizeram um levantamento sobre topografia, o clima, a geologia, a flora, a fauna e os recursos materiais da região do Planalto Central. A área ficou conhecida como Quadrilátero Cruls e foi apresentada em 1894 ao Governo Republicano. Em 1922 uma comissão do Governo Federal estabelece a localização no cerrado goiano, mas o projeto fica engavetado. Apenas em 1955, durante um comício, o então candidato à presidência Juscelino Kubitschek afirmou que iria transferir a capital. Eleito presidente, Juscelino estabeleceu a construção de Brasília como meta-síntese de seu Plano de Metas. O traçado de ruas de Brasília obedece ao plano piloto implantado pela empresa Novacap a partir de um anteprojeto do arquiteto Lucio Costa, escolhido através de concurso público. O arquiteto Oscar Niemeyer projetou os principais prédios públicos da cidade. Apesar de a cidade ter sido construída em tempo recorde, a transferência efetiva da infra-estrutura governamental só ocorreu durante os governos militares, já na década de 70.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

COTIDIANO INDÍGENA








COTIDIANO INDÍGENA

Em homenagem ao dia do índio, aqui falarei sobre o cotidiano das aldeias. Esse cotidiano vai se construindo, assim, como uma chuva que começa aos pouquinhos, até que chega uma hora do dia que a aldeiona está toda brilhando. O cotidiano é que constrói a liberdade que os índios tem uns com os outros. Eles cantam para o céu e para a terra, cantam para as águas e para os peixes, assim também cantam para os alimentos, porque quando eles cantam para os alimentos estão dando saúde para a terra e a terra está dando saúde para eles. O alimento é um veículo da terra, para alimentar seus filhos: os índios.
Os índios ao desejarem fazer uma festa para todos os povos indígenas, não o fazem em nenhuma das tribos em particular. Procedem como se novamente, tivessem encontrado a aldeia verdadeira, a aldeia mãe de todas as tribos, para que possam dançar e cantar juntos, fazendo desse culto uma homenagem aos seus ancestrais. Entre os indígenas é mister poder enxergar os velhos, orgulhosos de ver seus filhos e netos bonitos, dançando e cantando, explodindo de alegria, é um eterno contínuo da tradição deles. É um movimento circular, como é circular o movimento das danças deles. Como é circular o terreiro. Como é um círculo grande, também, a distribuição das ocas. As pessoas que visitam as tribos ficam encantadas de como eles ficam nas Ocas, reproduzindo o ambiente das aldeias deles; o lugar dos meninos tomarem banho, das mulheres ficarem nas suas atividades; de reinventar o cotidiano das aldeias deles nas montanhas; isso faz com que fiquem tão forte, tão fluído, que o primeiro movimento que eles tem que fazer é só de juntar mesmo o povo deles e isso eles fazem, preferentemente na primavera.

quarta-feira, 17 de março de 2010

A CIVILIZAÇÃO MAIA.

A civilização Maia, muito provavelmente, foi a mais antiga das civilizações pré-colombianas, embora jamais tenha atingido o nível urbano e imperial dos Astecas e Incas. Provavelmente a primeira civilização a florescer no hemisfério ocidental, ocuparam a América Central por mais de vinte séculos e atingiram alto grau de evolução, no que se refere ao conhecimento de matemática e astronomia, capaz de sobrepujar as culturas européias da mesma época. Os ancestrais do povo maia foram, provavelmente, grupos mongóis que atravessaram uma faixa de terra entre a Sibéria e o Alasca, onde hoje é o estreito de Bering, há cerca de 15.000 anos, no final do pleistoceno. Organizaram-se inicialmente em pequenos núcleos sedentários, baseados no cultivo do milho, feijão e abóbora. Construíram centros cerimoniais que, por volta do ano 200 da era cristã, evoluíram para cidades com templos, pirâmides, palácios e mercados. Também desenvolveram um sistema de escrita hieroglífica, um calendário e uma astronomia altamente sofisticados.
A base da economia era a agricultura primitiva praticada as milpas, unidades de produção agrária. Praticavam a caça, pesca e criavam animais para a alimentação. Desconheciam no entanto a tração animal, o arado e a roda. Por falta de matéria-prima local não conheceram também a metalurgia, mas desenvolveram importante indústria lítica (de pedra) que lhes fornecia armas, enfeites e instrumentos de trabalho. A ascendência de sua cultura revela-se no terreno intelectual, historiadores, para quem a Europa é o centro do mundo, chegaram a comparar os maias aos gregos, em termos de importância cultural. Os sacerdotes, detentores do saber, eram responsáveis pela organização do calendário, pela interpretação da vontade dos deuses por meio de seus conhecimentos dos astros e da matemática. Foram seus conhecimentos de aritmética que lhe permitiram fazer cálculos astronômicos de notável exatidão, inventando o conceito de abstração matemática.
Graças a estudos minuciosos do movimento celeste em observatórios construídos para essa finalidade, os astrônomos maias foram capazes de determinar o ano solar de 365 dias.Acrescentavam-se informações sobre a fase da Lua e aplicava-se uma fórmula de correção de calendário que harmonizava a data convencional com a verdadeira posição do dia no ano solar. No auge da civilização, a arte dos maias era fundamentalmente diferente de todas as outras da região, por ser muito narrativa, barroca e, com freqüência, extremamente exagerada, em comparação com a austeridade de outros estilos. A arquitetura, voltada sobretudo para o culto religioso, lançava mão de grandes blocos de pedra e caracterizava-se por abóbadas falsas e hieróglifos esculpidos ou pintados como motivos de decoração.
No auge de sua civilização e cultura os maias abandonaram suas cidades, templos, monumentos e tesouros sagrados. Algo incompreensível ocorreu por volta de 600 d.C., para que este povo, de repente e sem motivo, simplesmente desaparecesse! A selva devorou construções e estradas, quebrou os muros e produziu uma imensa paisagem de ruínas. Nenhum habitante jamais retornou àqueles locais. Alguns estudiosos atribuem o abandono dos centros maias à guerra, insurreição, revolta social, invasões bárbaras etc. De fato, os grandes centros foram abandonados, porém não de súbito, as hipóteses mais prováveis apontam para uma exploração intensiva de meios de subsistência inadequados, provocando a exaustão do solo e a deficiência alimentar. A cultura maia posterior, fundindo-se com a dos toltecas, prolongou-se no Novo Império Maia até a conquista pelos espanhóis, a partir de 1523. A cultura maia só começou a ser explorada durante a primeira metade do séc. XIX, pelo americano John Stephens e o desenhista inglês Frederik Catherwood. Eles descobriram várias cidades, sendo que a que mais chamou a atenção Chichen-Itzá. Publicaram o resultado de suas pesquisas, e foi através destas obras que o povo ficou sabendo que não eram simples índios, maspossuíam uma complexa organização. Ao serem encontrados pelos exploradores, os maias tiveram sua civilização destruída. Os padres espanhóis ao descobrirem que aqueles índios possuíam livros, resolveram destruí-los, alegando serem escritos demoníacos, mas na verdade, queriam evitar que de alguma forma aquela cultura fosse divulgada para futuras gerações.
O bispo de Yucatán, D. Diego de Landa, ordenou a apreensão e a queima de centenas de volumes de livros chamando isso de um ato de fé, além disso determinou que a utilização daquela "escrita demoníaca" seria punida com a morte. Esse mesmo bispo quando retornou à Espanha, escreveu um relatório intitulado Relacion de las Cosas de Yucatán, em 1566 para justificar sua ação repressiva. Informou que os livros continham descrições de cerimônias diabólicas e sacrifícios humanos. O relatório ficou esquecido até 1863, até ser descoberto pelo sacerdote Charles Etienne Brassuer, que era interessado nas culturas pré-colombianas. Salvaram-se apenas 4 livros da destruição, 3 conhecidos há muito tempo e um que apareceu após a segunda guerra mundial. No que restou da produção literária, sobressai o Popol Vuh, livro sagrado, que contém numerosas lendas, considerado um dos mais valiosos exemplos da literatura indígena.
Nossa colega Carmem Bergamaschi Costa tendo estado recentemente no México, nos presenteou com uma bela explanação sobre sua proveitosa viagem.Por lá se fizeram presentes Janice Olinto, Claudia Gonçalves, Ivete Teixeira, Miriam Bengoa, Iara Franco, Suzana, Toni Rabello, Rosa Muller e Terezinha. Que venham outras!!! Obrigada Carmem!!!






COMEMORANDO O REINÍCIO DAS ATIVIDADES DA ESCOLA DE BELAS ARTES.



Na terça-feira, após o atelier de gravura, fomos à "Sorocabana" descontrair um pouco e colocar os papos em dia. Se fizeram presentes Bia, Giovana, Carmem, Rosa, Toni, Iara e Sônia Tissot.Muitas outras oportunidades virão em que nos encontraremos. Boa Gente!!! Até a próxima!!!

sábado, 13 de março de 2010

QUERO


QUERO
Quero que sejas o meu último beijo.. .
Quero que não haja mais nada, além do amor que tenho por ti...
Quero que nunca seja preciso esquecer do dia em que chegarmos a nos pertencer...
Quero louvar o dia do primeiro encontro.
Quero bendizer o dia do primeiro olhar.
Quero parar o tempo e ver teu olhar enamorado.
Quero saber-te vaidoso ao me ter em teus braços.
Quero ouvir-te me chamares de "minha amada", "minha princesa"...
Quero sentir teu beijo quente, envolvente, que me fará desmaiar.
Quero que nunca tenhamos que nos separar...
13.03.10

terça-feira, 9 de março de 2010

Parabéns Mulher!!!



As flores irradiam a glória e a beleza de Deus-Mãe, pois ela caminha sobre a Terra em cada mulher.
Mulher! Todos os grandes senhores te reverenciam no dia de hoje, pois eles nasceram do teu ventre. Mulher! Além de todos os poderes cósmicos, levas dentro de ti a semente sagrada que provê a vida. Tu és o mais belo pensamento de Deus. Teu coração é manancial de sabedoria. De teu íntimo brota a força amorosa que nutre, regenera e ressuscita.
Homem! Neste dia internacional da mulher, lembra-te que podes divinizar-te pela admiração da mulher.

Estás aflito? Recorre à mulher. Ela é o consolo dos aflitos.
Estás enfermo? O toque da mulher é curativo.
Queres descobrir os mistérios da Divindade? Busca compreender o coração da mulher.
Porque quem não reverencia a mulher, fecha as portas à graça e à beleza. Mulher! Ao olhar-te no espelho, reconhece ali a Mãe Divina! Mira-te nela! Encarna com dignidade os dons femininos de amor, fidelidade, pureza, sensibilidade, compreensão, delicadeza, generosidade, doçura, abnegação, serenidade e o dom de tudo embelezar.
Mulher! Não te deixes corromper pela futilidade e mediocridade do mundo. Aumenta ainda mais tua força, apreendendo as virtudes dos homens, mas nunca os vícios. A regeneração do mundo depende de ti, pois tens o poder de moldar o caráter de um ser, desde o teu ventre e por toda a sua vida. Podes transformar teu lar num templo da Divina Missão de Amor. Quando defendes tua dignidade, defendes a dignidade de cada ser humano. Mulher! Rejeita qualquer pensamento ou sentimento de rivalidade, pois isto destrói a unidade das mulheres. Caminha graciosamente, olhando sempre com admiração o teu eterno companheiro, o homem.

Mulher! Neste Dia Internacional da Mulher, dedicado a ti, todos te proclamam como a Senhora da criação e da beleza, e admiram a dádiva que é ser mulher!

quarta-feira, 3 de março de 2010

MAIS UM POEMA EM HOMENAGEM A TODAS AS MULHERES .



SOU MULHER
Trago em meu ventre a semente
Que gera a vida...
Em meu íntimo trago a força amorosa
Que faz um ser humano melhor.
Aos aflitos, dou meu colo,
Meu consolo, meu carinho.
Aos doentes, dou
Meu toque buscando a cura.
Sou alguém que muda a história.
Sou estrela,
Sou anjo
Sou amante,
Sou companheira
Sou pecadora,
Sou romântica
Sou mulher...

segunda-feira, 1 de março de 2010

MINHA HOMENAGEM A TODAS AS MULHERES NO SEU MÊS.



MULHER
Não preciso fazer poemas
Para sentir tua alma...
Te olho...
Te admiro...
E penso, que tu mulher,
Te confundes com o movimento
Das ondas do mar...
Com a lua que nos espia lá do céu,
Com o sol do nosso dia...
Brilhas como as estrelas
Em todas as noites!
Trazes contigo o perfume,
A delicadeza das flores...
Teu amor tem a pureza do lírio,
A beleza das rosas...
Ah tu Mulher!...
Que quando cantas, danças e brincas,
Fazes com que tua beleza e teu olhar
Se transformem em gostosa carícia...
És amor...
És ternura...
Doce paixão.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010


Mas o que vou dizer da Poesia? O que vou dizer destas nuvens, deste céu? Olhar, olhar, olhá-las, olhá-lo, e nada mais. Compreenderás que um poeta não pode dizer nada da poesia. Isso fica para os críticos e professores. Mas nem tu, nem eu, nem poeta algum sabemos o que é a poesia."

"eu tenho por ti amor
e ainda não havia vivido nada igual.
Tenho por ti, um sentimento
que nunca previ...
espero teu reconhecimento,
por isso, ainda deixo a porta aberta...
se tu não entrares, entra o vento...
e eu espero que esse amor não correspondido,
se entenda com o tempo."

Escrever é esquecer
Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana. Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso.