



COTIDIANO INDÍGENA
Em homenagem ao dia do índio, aqui falarei sobre o cotidiano das aldeias. Esse cotidiano vai se construindo, assim, como uma chuva que começa aos pouquinhos, até que chega uma hora do dia que a aldeiona está toda brilhando. O cotidiano é que constrói a liberdade que os índios tem uns com os outros. Eles cantam para o céu e para a terra, cantam para as águas e para os peixes, assim também cantam para os alimentos, porque quando eles cantam para os alimentos estão dando saúde para a terra e a terra está dando saúde para eles. O alimento é um veículo da terra, para alimentar seus filhos: os índios.
Os índios ao desejarem fazer uma festa para todos os povos indígenas, não o fazem em nenhuma das tribos em particular. Procedem como se novamente, tivessem encontrado a aldeia verdadeira, a aldeia mãe de todas as tribos, para que possam dançar e cantar juntos, fazendo desse culto uma homenagem aos seus ancestrais. Entre os indígenas é mister poder enxergar os velhos, orgulhosos de ver seus filhos e netos bonitos, dançando e cantando, explodindo de alegria, é um eterno contínuo da tradição deles. É um movimento circular, como é circular o movimento das danças deles. Como é circular o terreiro. Como é um círculo grande, também, a distribuição das ocas. As pessoas que visitam as tribos ficam encantadas de como eles ficam nas Ocas, reproduzindo o ambiente das aldeias deles; o lugar dos meninos tomarem banho, das mulheres ficarem nas suas atividades; de reinventar o cotidiano das aldeias deles nas montanhas; isso faz com que fiquem tão forte, tão fluído, que o primeiro movimento que eles tem que fazer é só de juntar mesmo o povo deles e isso eles fazem, preferentemente na primavera.

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