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terça-feira, 20 de abril de 2010

SE DEZ VIDAS EU TIVESSE, DEZ VIDAS EU DARIA.






O Alferes Joaquim José da Silva Xavier, nasceu na Fazenda do Pombal, município de São João Del Rei, no ano de 1746, quando governava a Capitania de Minas Gerais, D. João V, de Portugal. O dia e o mês do seu nascimento ainda são incógnitas para os pesquisadores, pois só se tem conhecimento do seu registro de batismo, datado de 12 de novembro do mesmo ano. Filho do português Domingos da Silva dos Santos e da brasileira Antônia da Encarnação Xavier, teve seis irmãos, sendo três homens e três mulheres. Joaquim José, garoto calmo e pacato, tinha um grande interesse pela leitura, cursou apenas o primário, sendo instruído também pelo irmão, Domingos da Silva Xavier, que mais tarde viria a se tornar padre. Aos nove anos de idade fica órfão de mãe e, dois anos após, morre seu pai. Foi morar, então, com o seu padrinho, Sebastião Ferreira Dantas, um cirurgião licenciado. Com este, aprendeu o ofício de arrancar dentes, motivo pelo qual, mais tarde, recebeu o codinome "Tira-dentes". Ainda jovem, tentou a sorte com a mineração e trabalhou como tropeiro, vendendo todo o tipo de mercadoria pelas vilas mais povoadas. Em seguida, com o ingresso no Regimento de Cavalaria Paga, a Companhia dos Dragões de Vila Rica, como Alferes, continuou suas viagens pelos caminhos das Minas, possibilitando o seu contato com várias pessoas importantes e autoridades. Surge aí o interesse pelo Iluminismo, pelas idéias de Thomas Jefferson, que preparava a Independência dos Estados Unidos, e pelos filósofos da Revolução Francesa, que pregavam a Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Homem leal e destemido, juntou-se a um grupo que se formava de proprietários e estudiosos que voltavam de Montpellier, na França, e de Coimbra, em Portugal. Todos revoltados com a ferrenha "cobrança dos quintos", numa época em que a exploração aurífera já se tornava escassa em toda a região. O Alferes levava consigo a meta de que "se nós quiséssemos, poderíamos fazer deste país uma grande nação". A Conjuração Mineira teve adesão e liderança de várias pessoas importantes da sociedade mineira do século XVIII, que pretendiam promover a "derrama", com a qual se daria a vitória do Movimento. Porém, suas idéias não vingaram, em face da traição de Joaquim Silvério dos Reis. A memória do Alferes vem recebendo inúmeras reparações. Porém, 209 anos depois, vemos que a história eleva cada vez mais a figura do mito "Tiradentes", como réu confesso na liderança de um movimento pela liberdade, contra os desmandos da Coroa Portuguesa. Mas a Independência ainda não aconteceu.
Ele, foi morto por enforcamento e depois teve seu corpo esquartejado, salgado e espalhado pelas estradas de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. A casa em que morou foi derrubada e a terra salgada para torná-la infértil, para que nem uma planta nascesse naquele local. Motivo, traição. Essa foi à sentença. A rebelião de Vila Rica foi considerada um ato de lesa-majestade, contrária aos interesses da metrópole, e isso era um crime, uma traição, uma conspiração contra o governo da época. Mesmo depois da nossa independência, em 7 de setembro de 1822, o nome do alferes Joaquim José da Silva Xavier não aparece na historiografia oficial da época . Durante o império, Tiradentes tem o seu nome apagado da história do Brasil, foi banido como traidor. O seu “crime”, sonhar com um Brasil livre, independente e republicano, era a sua utopia, mas, para o governo da época, era uma traição. O dia 21 de abril passou a ser feriado nacional, homenagem a um homem que contrariou o regime e as autoridades da época, lutou por seus ideais, transformou-se em um herói nacional. Tiradentes é um herói nacional e não um traidor. A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro publicou, em 1992, no ano do bicentenário da morte de Tiradentes, a sentença que o condenou à morte, como também publicou o livro do deputado José Valente intitulado “A defesa, a sentença e o advogado de Tiradentes”. Segundo o Frei Raimundo Penaforte, o réu "corajoso e contrito, morreria cheio de prazer, pois não levava após si, tantos infelizes". O degredo na África para os outros era confortante; enquanto, para o Tiradentes, "... se dez vidas eu tivesse, dez vidas eu daria".

BRASÍLIA - A CAPITAL COM CINQUENTA ANOS.



Brasília é a Capital da República Federativa do Brasil, localizada no território do Distrito Federal. Inaugurada em 21 de abril de 1960, pelo então presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, sendo a terceira capital do Brasil. A partir desta data iniciou-se a transferência dos principais órgãos da administração federal para a nova capital com a mudança das sedes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário federais. As últimas projeções (IBGE 2004) indicam que a população total já esteja em cerca de 2,36 milhões de habitantes. Está situada na Região Centro-Oeste. O plano urbanístico da capital, conhecido como "Plano Piloto", foi feito pelo urbanista Lucio Costa, e muitas de suas construções foram projetadas pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer. Brasília é formada pela Asa Norte, Asa Sul, Setor Militar Urbano, Setor de Garagens e Oficinas, Setor de Indústrias Gráficas, Área de Camping, Eixo Monumental, Esplanada dos Ministérios, Setor de Embaixadas Sul e Norte, Vila Planalto, Granja do Torto, Vila Telebrasília, Setor de áreas Isoladas Norte e sedia os três poderes da República Federativa do Brasil: Executivo, Legislativo e Judiciário. Desde a primeira constituição republicana já constava um dispositivo que previa a mudança da Capital Federal do Rio de Janeiro para o interior do país. No ano de 1891, foi nomeada a Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil, liderada pelo astrônomo Luiz Cruls e integrada por médicos, geólogos e botânicos, que fizeram um levantamento sobre topografia, o clima, a geologia, a flora, a fauna e os recursos materiais da região do Planalto Central. A área ficou conhecida como Quadrilátero Cruls e foi apresentada em 1894 ao Governo Republicano. Em 1922 uma comissão do Governo Federal estabelece a localização no cerrado goiano, mas o projeto fica engavetado. Apenas em 1955, durante um comício, o então candidato à presidência Juscelino Kubitschek afirmou que iria transferir a capital. Eleito presidente, Juscelino estabeleceu a construção de Brasília como meta-síntese de seu Plano de Metas. O traçado de ruas de Brasília obedece ao plano piloto implantado pela empresa Novacap a partir de um anteprojeto do arquiteto Lucio Costa, escolhido através de concurso público. O arquiteto Oscar Niemeyer projetou os principais prédios públicos da cidade. Apesar de a cidade ter sido construída em tempo recorde, a transferência efetiva da infra-estrutura governamental só ocorreu durante os governos militares, já na década de 70.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

COTIDIANO INDÍGENA








COTIDIANO INDÍGENA

Em homenagem ao dia do índio, aqui falarei sobre o cotidiano das aldeias. Esse cotidiano vai se construindo, assim, como uma chuva que começa aos pouquinhos, até que chega uma hora do dia que a aldeiona está toda brilhando. O cotidiano é que constrói a liberdade que os índios tem uns com os outros. Eles cantam para o céu e para a terra, cantam para as águas e para os peixes, assim também cantam para os alimentos, porque quando eles cantam para os alimentos estão dando saúde para a terra e a terra está dando saúde para eles. O alimento é um veículo da terra, para alimentar seus filhos: os índios.
Os índios ao desejarem fazer uma festa para todos os povos indígenas, não o fazem em nenhuma das tribos em particular. Procedem como se novamente, tivessem encontrado a aldeia verdadeira, a aldeia mãe de todas as tribos, para que possam dançar e cantar juntos, fazendo desse culto uma homenagem aos seus ancestrais. Entre os indígenas é mister poder enxergar os velhos, orgulhosos de ver seus filhos e netos bonitos, dançando e cantando, explodindo de alegria, é um eterno contínuo da tradição deles. É um movimento circular, como é circular o movimento das danças deles. Como é circular o terreiro. Como é um círculo grande, também, a distribuição das ocas. As pessoas que visitam as tribos ficam encantadas de como eles ficam nas Ocas, reproduzindo o ambiente das aldeias deles; o lugar dos meninos tomarem banho, das mulheres ficarem nas suas atividades; de reinventar o cotidiano das aldeias deles nas montanhas; isso faz com que fiquem tão forte, tão fluído, que o primeiro movimento que eles tem que fazer é só de juntar mesmo o povo deles e isso eles fazem, preferentemente na primavera.